Hoje celebramos São José, Esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Universal.
No Brasil, não é um dia de preceito, mas que tal meditar um pouco sobre São José? Uma figura tão importante e silenciosa, mas sobre a qual, às vezes, refletimos pouco.

O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, José e Maria encontram o menino Jesus no templo. Na Primeira Leitura, a promessa de Deus a Davi de um reino eterno manifesta-se na sua linhagem através de José.
Na Segunda Leitura, a fé inabalável de Abraão serve de modelo para a confiança e fé de José, estabelecendo um paralelo entre as duas figuras patriarcais.
Neste dia, refletimos sobre o silêncio e a obediência de São José, pilares da proteção à Sagrada Família.
Leituras
Primeira Leitura (2Sm 7,4-5a.12-14a.16) - Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: “Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’”.
Salmo Responsorial - Sl 88(89), 2-3.4-5.27 e 29 (R. 37) - Deus Fiel à Promessa Feita a Davi
O Salmo 88(89) celebra a promessa divina a Davi, ecoando a missão de proteção de José.
Refrão (37): Eis que a sua descendência durará eternamente.
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus. R.
“Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!” R.
Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’ Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. R.
Segunda Leitura (Rm 4,13.16-18.22) - Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos, não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua posteridade”. Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.
Evangelho (Lc 2,41-51) (Ou Mt 1,16.18-21.24a - o anjo diz a José para não ter medo de receber Maria)
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” Eles, porém, não compreenderam as Palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente.
Palavras do Papa
Hoje concluímos as catequeses sobre São José, refletindo sobre seu título de “Padroeiro da Igreja”. Os Evangelhos mostram José protegendo Jesus e Maria, indicando que sua missão é guardar o tesouro da nossa fé. (...) José, homem de silêncio e obediência, nos ensina a proteger Jesus e Maria, que simbolizam o núcleo da Igreja. Somos chamados a guardar a vida, a fé, e especialmente os mais necessitados, seguindo o exemplo de José.
José é invocado como protetor dos necessitados, exilados, aflitos e moribundos. Devemos aprender com ele a amar e guardar o Menino, sua mãe, os sacramentos, o povo de Deus, e os pobres. (...) Críticas à Igreja são comuns, mas devemos nos perguntar se amamos a Igreja como ela é, um povo de pecadores em busca da misericórdia de Deus. Amar a Igreja significa também reconhecer sua santidade, mesmo diante de nossos limites e pecados.
Encorajamos a pedir a intercessão de São José nos momentos difíceis, para ter coragem, força e paciência pelo amor ao Evangelho, e providência nas necessidades, especialmente ao servir os mais vulneráveis. São José, modelo de proteção e cuidado, nos inspire a amar e proteger a Igreja em sua caminhada. (Audiência Geral, Catequese sobre São José 12: São José, Padroeiro da Igreja universal, 16 de fevereiro de 2022) (Veja todas as catequeses sobre São José no site www.missario.com.br/jose)