Na semana passada (3° Domingo da Quaresma), vimos Jesus expulsar os vendedores do templo de Jerusalém.
No 4° Domingo da Quaresma Jesus diz: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito”.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus fala sobre a necessidade de dar Sua própria vida, para que todos que nele crerem tenham a vida eterna. Na primeira leitura, o povo de Israel é punido por suas infidelidades, mas a misericórdia de Deus se manifesta através do rei Ciro.
Na segunda leitura, Paulo nos fala sobre a misericórdia de Deus, que nos deu a vida com Cristo.
Neste domingo, Deus é tão misericordioso a ponto de enviar Seu único Filho para nos salvar. Refletimos essa misericórdia em nossas próprias vidas?
Leituras
Primeira Leitura (2Cr 36,14-16.19-23)
Leitura do Segundo Livro das Crônicas
Naqueles dias, Todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha santificado em Jerusalém. Ora, o Senhor Deus de seus pais dirigia-lhes frequentemente a palavra por meio de seus mensageiros, admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do seu povo e da sua própria casa. Mas eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio. Os inimigos incendiaram a casa de Deus e deitaram abaixo os muros de Jerusalém, atearam fogo a todas as construções fortificadas e destruíram tudo o que havia de precioso. Nabucodonosor levou cativos, para a Babilônia, todos os que escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e de seus filhos, até que o império passou para o rei dos persas. Assim se cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: "Até que a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos os dias da desolação, até que se completem setenta anos". No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: "Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem dentre vós todos, pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho".
Salmo Responsorial Sl 136(137),1-2.3.4-5.6 (R. 6a) – Fidelidade até no exílio
O salmo 136(137) é um lamento dos israelitas exilados na Babilônia, expressando profunda tristeza e saudade de Jerusalém.
Refrão (6a): Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
Junto aos rios da Babilônia † nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali penduramos nossas harpas. R.
Pois foi lá que os opressores nos pediram nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: "Cantai hoje para nós * algum canto de Sião!" R.
Como havemos de cantar † os cantares do Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, † algum dia eu me esquecer, que resseque a minha mão! R.
Que se cole a minha língua † e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria! R.
Segunda Leitura (Ef 2,4-10)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
Irmãos: Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Jesus Cristo. Assim, pela bondade que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.
Evangelho (Jo 3,14-21)
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”.
Palavras do Papa
Jesus chorou não só por Jerusalém, mas por todos nós. E ele dá sua vida para que reconheçamos a sua visita. Santo Agostinho dizia uma palavra, uma frase muito vigorosa: ‘Sinto medo de Deus, de Jesus, quando passa!’ — ‘Mas por que tens medo? — ‘Tenho medo de não o reconhecer!’. Por isso, se tu não estiveres atento ao teu coração, nunca saberás se Jesus te visita ou não. Que o Senhor nos dê a todos a graça de reconhecer o tempo em que fomos visitados, somos visitados e seremos visitados para abrir a porta para Jesus e assim fazer com que o nosso coração seja mais alargado no amor e servir ao Senhor Jesus no amor". (Santa Marta, 17 de novembro de 2016)