No último domingo (Sagrada Família), Jesus, aos 12 anos, foi encontrado por seus pais no Templo, discutindo com os mestres.
Neste primeiro dia do ano, celebramos a importância de Maria na história da salvação, reconhecendo a natureza divina de Jesus Cristo, que é tanto Deus quanto homem.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Maria medita sobre o nascimento de Jesus, o qual personifica a presença e a paz de Deus. Na Primeira Leitura, Deus nos ensina uma forma de abençoar os filhos, invocando a face e a paz de Deus.
Na Segunda Leitura, Paulo fala como Jesus foi enviado, para que tornássemos filhos de Deus.
Neste dia, refletimos sobre o papel crucial de Maria na nossa salvação e como, por meio de Cristo, nos tornamos filhos de Deus. Vivemos realmente como filhos de Deus?
Leituras
Primeira Leitura (Nm 6,22-27) - Leitura do Livro dos Números
O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Fala a Aarão e a seus filhos: ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: O Senhor te abençoe e te guarde! ‘O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!’ Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”.
Salmo Responsorial - Sl 66(67), 2-3.5.6.8 (R. 2a) - Que todos os povos louvem a Deus!
O Salmo 66 (67 em algumas numerações) celebra a bênção e a justiça de Deus para todas as nações, convidando à adoração. A graça hoje chega pelo menino Jesus na manjedoura.
Refrão (2a) - Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.
Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos. R.
Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações. R.
Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra! R.
Segunda Leitura (Gl 4,4-7) - Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá - ó Pai! Assim já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus.
Evangelho (Lc 2,16-21)
Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.
Palavras do Papa
Comecemos o novo ano, confiando-o a Maria Mãe de Deus. (...) Os pastores vão sem demora para a gruta e o que encontram? Encontram «Maria, José e o menino deitado na manjedoura» (Lc 2, 16). Façamos uma pausa sobre esta cena e imaginemos Maria que, como mãe terna e carinhosa, acabou de colocar Jesus na manjedoura. Naquele gesto, podemos ver um dom feito a nós: Nossa Senhora não guarda o Filho para si, mas apresenta-o a nós; não o segura apenas no seu colo, mas depõe-no para nos convidar a olhar para ele, acolhê-lo e adorá-lo. Eis a maternidade de Maria: o Filho que nasceu é oferecido a todos nós. Sempre oferecendo o Filho, indicando o Filho, nunca o reteve como unicamente seu, não. (...)
E ao colocá-lo diante dos nossos olhos, sem dizer uma palavra, transmite-nos uma mensagem maravilhosa: Deus está próximo, ao nosso alcance. Ele não vem com o poder de quem quer ser temido, mas com a fragilidade de quem pede para ser amado. (...)
Hoje celebramos o Dia Mundial da Paz. A paz (...) deve ser implorada a Jesus. (...) Só podemos verdadeiramente construir a paz se a tivermos no coração, só se a recebermos do Príncipe da paz. Mas a paz é também empenho nosso: exige que demos o primeiro passo, requer gestos concretos. É construída com atenção aos últimos, com a promoção da justiça, com a coragem do perdão, que extingue o fogo do ódio. (...) Mãe de Deus, Rainha da Paz, no início deste ano, obtenha concórdia para os nossos corações e para o mundo inteiro. (Angelus, 1 de janeiro de 2022)